Joe Biden não será o candidato democrata nas próximas eleições presidenciais de novembro. O atual presidente cedeu às intensas pressões provenientes do seu próprio partido.
Quando, na semana passada, o ex-presidente Barack Obama se juntou aos cerca de 30 congressistas democratas que pediam publicamente a retirada de Biden – ficou claro que uma decisão nesse sentido estava iminente.
Ainda assim, Biden afirmava que não desistiria, mas cada vez com menos convicção. O fato de supostamente ter contraído Covid também não ajudou.
Com alguns analistas a considerarem que a doença era apenas uma forma de retirar Biden dos holofotes, a própria doença era mais uma evidência da sua fragilidade. Para todos os efeitos, é mais uma derrota evidente para os democratas – que assim ficam cada vez mais distantes de manterem a Casa Branca.
O atual presidente encerrou assim a sua campanha de reeleição neste domingo, após muitos democratas terem perdido a esperança na sua acuidade mental e capacidade de vencer Donald Trump, deixando a corrida presidencial em território incerto.
Numa publicação na rede social X, Joe Biden disse que permanecerá no seu cargo como presidente e comandante-em-chefe das Forças Armadas até que o seu mandato termine, em janeiro de 2025, e discursará aos norte-americanos ainda esta semana.
“Foi a maior honra da minha vida servir como presidente. E embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que é do melhor interesse do meu partido e do país que eu renuncie e me concentre apenas em cumprir os meus deveres como presidente pelo restante do meu mandato”, escreveu Biden.
Ao desistir da candidatura à reeleição, Biden abre caminho para que a vice-presidente Kamala Harris concorra em nome dos democratas – e será a primeira mulher negra a fazê-lo na história do país. Mas Biden não a mencionou ao anunciar sua desistência. Assim, para os jornais norte-americanos, não está claro se outros democratas estão a pensar desafiar Kamala Harris pela nomeação do partido.
O anúncio de Biden segue uma onda de pressão pública e privada de congressistas democratas e funcionários do partido para abandonar a corrida após o seu desempenho num debate televisionado no mês passado contra o rival republicano Donald Trump.
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